¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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quarta-feira, outubro 14, 2009
 
COLOMBO NAQUELAS FUNDURAS


Com a crise em Honduras, desfechada pela tentativa de golpe de Manuel Zelaya, o nome daquele pequeno país caribenho está presente todos os dias nas páginas dos jornais. O que me lembra um pouco a sina de Dom Pedrito. Como me dizia um amigo, “Dom Pedrito só sai na imprensa da capital quando tem enchente”. Volto a Honduras. Nos habituamos a ler a palavra como se ela nada significasse além do nome de um país.

Leio no Estadão:

“Ponto mais delicado da crise política em Honduras, a restituição do presidente deposto Manuel Zelaya deve ser debatida hoje, quando representantes do líder deposto e do governo de facto de Roberto Micheletti reunirem-se na mesa de negociação para dar continuidade ao diálogo. A "negociação de Guaymuras", como foi batizada a discussão entre os opositores hondurenhos, havia sido iniciada na sexta-feira”.

E por que Guaymuras? O redator não explica. Antigas tradições hispânicas contam que Cristóvão Colombo, durante sua última viagem, assistiu a uma missa no atual território hondurenho, até então chamado Guaymuras. Ao partir, assestou a proa de sua nave rumo ao leste. Logo foi castigado por um dos fortes ciclones que costumam açoitar aquela região na segunda metade de cada ano e a nave esteve perto de sossobrar. Quando o tempo amainou, sem ter causado maiores danos ao barco, o descobridor da América teria exclamado:

- Gracias a Dios que hemos escapado de aquellas honduras.

A frase consagrou o atual nome das antigas Guaymuras.