¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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quarta-feira, junho 10, 2009
 
INGRATA GENTE!


Décadas após a morte de Francisco Franco, as esquerdas espanholas decidiram eliminar das ruas e monumentos toda e qualquer lembrança ao nome do homem que salvou a Espanha de tornar-se uma republiqueta soviética. Vou mais longe: Franco salvou não apenas a Espanha do comunismo, como boa parte da Europa. Caída a Espanha, a França seria estrangulada entre a nova república comunista e os países do Leste Europeu. Perderia o acesso a boa parte do Mediterrâneo, ao Atlântico e ao mar do Norte. A queda dos demais países europeus ao leste da Espanha, e Portugal ao oeste, seria apenas uma questão de tempo. O regime soviético, com novas colônias a explorar, certamente não teria morrido nos anos 90.

Hoje, você não encontra nenhum monumento, nenhuma rua com o nome de Franco no país de Franco. É claro que a moda contagiaria o Brasil. Somos mestres em importar o que de pior acontece no estrangeiro.

Leio nos jornais que tramita na Assembleia Legislativa de São Paulo um projeto de lei, de autoria do deputado estadual Milton Flávio (PSDB), que pretende mudar o nome de todos os lugares públicos do Estado que homenageiam ícones do período da ditadura militar. Até a rodovia Castelo Branco, principal ligação entre a capital e o oeste paulista, seria rebatizada com nome de uma liderança democrática.

Ou seja: o deputado tucano quer eliminar da memória nacional o nome daqueles militares que não permitiram que o Brasil se tornasse uma imensa Cuba tropical. A iniciativa não deixa de ter suas origens no governo Fernando Henrique, quando o Estado reconheceu que houve tortura ao indenizar ex-presos e perseguidos políticos. “Sendo assim – diz o deputado -, não faz sentido homenagear quem autorizou ou praticou tortura com nome de praça, escola ou estrada".

Matar em nome do comunismo pode. Uma rua na zona norte da capital paulista homenageia Carlos Lamarca. Já há ruas no Brasil com nomes de outros dois celerados, Luiz Carlos Prestes e Olga Benário. Uma escultura em granito, com 1,5 metro de altura, foi instalada em 1999 no local em que Carlos Marighella, dirigente e fundador do grupo terrorista Aliança Libertadora Nacional (ALN), foi cercado e morto pelos militares. Em Dom Pedrito, tenho conhecimento de uma rua Che Guevara. Detalhe curioso, é que poucos pedritenses aludem ao guerrilheiro argentino. A rua é conhecida apenas como rua do Che, o que tem outro significado naquelas plagas.

Muitas outras homenagens aos bandoleiros internacionais que quiseram transformar o país em republiqueta soviética devem existir país afora. "Defendemos isso faz tempo. Não tem sentido a democracia manter a homenagem a um criminoso como o Castelo Branco e punir com o ostracismo a vítima do crime, que foi o João Goulart. Queremos o Jango em nomes de avenidas, estradas e praças. Faltam também avenidas e ruas chamadas Miguel Arraes, Leonel Brizola...", afirma Ivan Seixas, presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos. Mais um pouco e teremos a avenida Fidel Castro, o largo Mao Tse Tung, a praça Stalin, a rua Pol Pot.

Ora, não temos notícias de torturas durante o governo Castelo Branco. Daí a homenagear um presidente pusilânime como Jango – que portou-se como uma mosca tonta nos idos dos 60 – e notórios politiqueiros como Arraes e Brizola, que financiaram grupos terroristas e só serviram para conturbar a política nacional, vai uma longa distância. Curiosamente, ninguém pensa em trocar os nomes de ditadores e degoladores como Floriano Peixoto, Moreira César, Borges de Medeiros, Getúlio Vargas.

Uma mudança de nomes de rua é algo que afeta milhões de pessoas. Provoca confusões no trânsito, novos mapas e guias terão de ser editados, os moradores precisarão alterar o nome das vias em documentos, escrituras, correspondências e cadastros bancários. Toda esta perturbação apenas para satisfazer o espírito de vendeta das esquerdas que um dia quiseram destruir o país.

Isso sem falar na falta de gratidão desta gente. Não fossem os presidentes militares, seus militantes hoje não estariam gozando de pensões milionárias.