¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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quinta-feira, setembro 11, 2008
 
CHE REDIVIVO


Leio no El País que estreou na Espanha, na sexta-feira passada, a primeira parte do filme sobre Che Guevara, dirigido por Steven Soderbergh e protagonizada por Benicio del Toro. O filme está sendo projetado em 340 salas e foi o mais visto no último fim de semana. Ainda segundo o jornal, o célebre personagem, que também é um ícone da cultura de massas, conserva excelente saúde. O magnetismo do herói revolucionário cresce entre os jovens que renunciam ao maniqueísmo.

Para o escritor argentino Pacho O’Donnell, autor do livro Che. La vida por un mundo mejor (Plaza & Janés), "el mito del Che ha crecido alimentado por la sociedad en la que vivimos, frívola y materialista, que está justo en las antípodas de los valores que él representa. La caída del régimen comunista lo ha desposeído además de su condición ideológica, con lo que ha quedado de él su idealismo y su fuerza de personaje épico. Mientras más crezca la carencia de valores, más va a crecer ese mito".

A humanidade não tem cura. O assassino frio que sonhou transformar a América Latina em republiqueta soviética continua sendo cultuado como herói. Stalin, Pol Pot, Mao já foram desmitificados. A boa imagem do Che persiste. Se você quer ler um manual de fracassos, leia uma biografia do Che. Perdeu todas as lutas que encetou, exceto uma. Essa uma, Cuba, é hoje a mais antiga ditadura da América Latina e um dos países mais miseráveis do continente.

Volto a repetir Nelson Rodrigues. Envelheçam, jovens, envelheçam. Antes que seja tarde.