¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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quinta-feira, janeiro 31, 2008
 
CHIUSO SE FECHA



Amigos,

Há pouco mais de dez anos atrás, em 1997, criei o jornal O Expressionista com mais três amigos de faculdade. O jornal foi crescendo ao longo da década, chegando a ter, em média, 20 mil acessos mensais. Claro que não poderia deixar de agradecer todas as pessoas que ajudaram a engrandecer o jornal. Também não posso deixar de lembrar - e agradecer - a amiga Milla Kette, que em toda história do jornal, foi a campeã de audiência, com suas reportagens desde os Estados Unidos. Uma, em especial, atingiu 6 mil visitas num único dia. Tratava das denúncias de corrupção do programa Oil for food da Onu, um verdadeiro furo em toda imprensa nacional, que só veio mencionar o fato dois longos anos depois.

Houve uma época em que não dispunha de tempo para atualizá-lo, e isso fez com que o jornal ficasse quase um ano fora do ar. Com ajuda dos amigos, Moreno Garcia e Sandro Ribeiro, o site voltou na versão que hoje vigora. Neste momento não posso deixar de me desculpar com ambos, por ter descumprido a promessa de pautar o site mais com assuntos culturais do que políticos. Mil desculpas!

Após esta introdução que a mim é muito pertinente, vamos direto ao ponto: é com pesar que lhes comunico que tirarei o site do ar. No entanto, não os deixarei sem os motivos que levaram a tal conclusão.

Em primeiro lugar, não tenho mais tempo disponível para ele, tanto em relação ao sistema (que detém algumas falhas grotescas), quanto em relação ao editorial, que, como editor, seria minha obrigação.

Em segundo lugar, é sempre bom saber a hora de fechar as portas. Um site que já teve uma média de 2.000 visitas diárias, não pode se contentar com uma média de 100. E o declínio é constante, exceto pelas últimas semanas, que com o advento do bate-boca com o sr. Janer Cristaldo, as visitas aumentaram, mas com ela veio o espírito de porco daqueles que têm predileção às porcarias. Claro que o incidente com Janer, pouco influenciou na decisão de fechar o jornal, que já se arrasta desde o final do ano passado. Certamente, precipitou a decisão, o que agora não importa lá muita coisa.

Decerto, Janer com sua nova turminha, não perderão a oportunidade de sair por aí a dizer que eram tão importantes ao jornal que tive que fechar depois e dispensá-los. Ou algo mais criativo que saiam das suas mentes férteis e detetivescas. Seja como for, estou me lixando para o que vão falar. Nos últimos dias foi triste vê-los enchendo a rede com baixarias e cretinices. É constrangedor eles não perceberem.

Por fim, agradeço a todos que colaboraram com o jornal. Peço desculpas aos excessos que aqui foram cometidos.

Aos colunistas, sorte e sucesso!

Aos leitores, um grande abraço e muito obrigado!

Diogo Chiuso



É uma lástima. O Expressionista era um bom fórum de debates e Diogo foi, por vários anos, um bom interlocutor. Aparentemente, não agüentou a liberdade de expressão que a Internet permite. Os jovens, sempre os vi como libertários, pessoas que lutavam contra a censura e a opressão. Ao que tudo indica, os tempos mudaram. Em meus debates, tenho me confrontado mais com jovens que com idosos. Jovens que não aceitam opiniões contrárias ao que pensam.

Embora tenha tido texto censurado no Expressionista, fico triste com o fim do jornal. É uma voz a menos no espaço da Web. Ao mesmo tempo, vejo nesta atitude um desrespeito aos colaboradores que, durante anos, publicaram no jornal sem cobrar um vintém. Diogo, como faziam os inquisidores na Idade Média, queimou uma biblioteca.