¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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terça-feira, maio 22, 2007
 
A CHINA E A INICIATIVA PRIVADA



A notícia insólita vem da China. Eu a apanho do jornal parisiense Libération.

Em certos cantões da China, desta China que hoje é modelo de desenvolvimento, os camponeses se dispõem a pagar milhares de yuans para assegurar a felicidade eterna a seus defuntos celibatários. Quando morre um filho, os pais passam a procurar um cadáver de mulher, de preferência da mesma idade, que será enterrado a seu lado. O costume provém da dinastia Ming. Em Linzhang, Song Tiantang, um desempregado de 52 anos fornece uma companheira póstuma ao defunto por três ou quatro mil yuangs (300 ou 400 euros).

Tiantang começou sua carreira em 1998, desenterrando cadáveres em cemitérios. Preso, passou dois anos no cárcere. Ao sair, dinamizou seus negócios. Em falta de cadáveres, passou a matar as jovens consortes póstumas. Já matou seis: quatro camponesas e duas meninas que procuravam um emprego como domésticas. Preso novamente dia 12 de abril passado, Tiantang declarou ter agido por dinheiro. "Eu sonhava ser milionário. A visão dos homens de negócio bem sucedidos sempre me fez ter ciúmes".

O jornal Notícias de Pequim foi autorizado a entrevistar Song Tiantang, cujo prenome significa "paraíso", em sua prisão.

- Como você teve a idéia de matar para vender cadáveres?
- Os cadáveres secos são baratos e menos procurados. Os cadáveres frescos são vendidos mais caros. Eu tinha dívidas a pagar na época.
- Porque procurar mulheres deficientes intelectualmente?
- As pessoas não as procuram após seu desaparecimento e elas não resistem quando eu as mato. As domésticas das agências de emprego não são da região, e isso evita problemas.
- Que você diz aos compradores?
- Cada vez eu contava uma história e dava um nome falso aos cadáveres. Eles não me pediam nenhum papel.
- Você não acha isso cruel?
- Cada vez, antes de vender, eu comprava um vestido vermelho (cor do casamento) para o cadáver. Eu espero que elas partam para o outro mundo e não voltem. Afinal, fui eu quem as enviei ao paraíso antes do que elas mereciam.