¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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terça-feira, março 28, 2006
 
ZELO EXTRAORDINÁRIO


Zelosos funcionários da Caixa Econômica Federal descobriram uma grave anomalia na conta corrente de um de seus clientes: o caseiro Francenildo dos Santos Costa tinha uma vultosa movimentação de 25 mil reais. Assustados com tal montante, os funcionários passaram o extrato da conta de Francenildo ao presidente do banco, Jorge Matoso. O presidente, estarrecido com as cifras milionárias do extrato, decidiu acordar o próprio ministro da Fazenda, o impoluto Antonio Palocci, para entregar-lhe o extrato. "Cumprindo meus deveres funcionais e sem que isso de forma alguma representasse quebra indevida de sigilo, comuniquei o fato à autoridade superior à qual a Caixa encontra-se vinculada".

Obviamente havia algo de errado na economia da nação. A conta corrente do "simples caseiro" - como disse o Supremo Apedeuta - tinha 5.000 reais a mais que a mais modesta propina do mais barato deputado do PT, o Professor Luizinho. A nação estava em perigo. O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, mobilizou a Polícia Federal para investigar o que parecia ser um caso gravíssimo de lavagem de dinheiro.

Só com homens assim probos, sempre vigilantes às tentativas de pérfidos caseiros de desestabilizar a economia da nação, poderemos construir um país melhor. Deposite seus dinheiros na Caixa Econômica Federal, esse banco de rigor implacável, cujos diretores não se constrangem em acordar um ministro no meio da noite para denunciar a menor irregularidade em contas correntes.

Durma tranqüilo. A nação está em boas mãos.